[WORKSHOP - DIA 5: 08 de julho/2011, sexta-feira]
Manhã
Trabalho interno grupos (síntese e análise inicial das experiências Piedade para apresentação na 6a feira a tarde)
15hs - PPG-AU/FAUFBA
Encontro final das equipes, conclusão dos trabalhos do workshop, síntese da semana, perspectivas da pesquisa, debates
Como na manhã de quarta-feira, a primeira parte do dia foi reservada para que os grupos se reunissem para trabalhar internamente. Desta vez, o objetivo foi alinalisar e sintetizar inicialmente as experiências dos percursos noturno e diurno na Piedade. Juntamente com a síntese iniciada na quarta-feira, essa síntese seria apresentada na parte da tarde, durante a conversa de encerramento das atividades do workshop.
Pela tarde, as quatro equipes apresentaram, cada uma a sua vez, suas respectivas sínteses. Relatarei as sínteses pela ordem em que se deram as apresentações, começando pelo grupo 1 (de Paola), passando pelos grupos 2 (Osnildo) e grupo 3 (João), e terminando com a conclusão feita pelo grupo 4 (equipe francesa, de Rachel).
(Por questões de organização interna, tínhamos nos dividido todos os partcipantes do workshop em quatro equipes para o desenvolvimento dos trabalhos, tendo como "representantes" das equipes brasileiras a prof. Paola, eu e João - tirocinantes da disciplina Atelier 5)
(Por questões de organização interna, tínhamos nos dividido todos os partcipantes do workshop em quatro equipes para o desenvolvimento dos trabalhos, tendo como "representantes" das equipes brasileiras a prof. Paola, eu e João - tirocinantes da disciplina Atelier 5)
Encontro final das equipes, conclusão dos trabalhos do workshop, síntese da semana, perspectivas da pesquisa MUSE, debates
Síntese Grupo 1 (Paola Berenstein, Amine Portugal, Diego Mauro, Fabiana Britto, Marina Barreto, Marina Moreira, Victor Teles)
No Porto da Barra, a equipe percebeu, tanto durante o dia como pela noite, grandes faixas de ambiências, que se expandem e contaminam as demais: faixas predominantes, outras de transição e também faixas "ressoantes". Todas elas se referem a comportamentos e não a usos do espaço. Durante o dia, a ambiência da praia se expanderia tanto para a calçada oposta à via como para a praça do Patriarca como faixas de transição. De noite, essas faixas de transição seriam as próprias ambiências das faixas predominantes.
Já a Piedade permitiria um "andar em espiral" pela área, criando o que o grupo chamou de "zonas de atração" distintas: à noite, há a presença de zonas de atração ligadas à permanência nos espaços; durante o dia, com as pessoas espalhadas pelo espaço e os seus movimentos, há trechos de atração ligados ao uso.
(clique aqui para ter acesso à apresentação em formato pdf)
Síntese Grupo 1: Porto da Barra
Síntese Grupo 1: Piedade Noite
Síntese Grupo 1: Piedade Dia
Síntese Grupo 2 (Osnildo Wan-Dall Jr., Daniel Sabóia, Flavio Marzadro, Mélanie Métier, Patrícia Almeida, Priscila Lolata, Tiago Schultz)
O nosso grupo representou cada um dos percursos com uma cartografia que pudesse mostrar, como sentimos as diversas ambiências dos espaços (não era a nossa intenção mostrar apenas os usos dos espaços). O "desenho" das cartografias tentam demonstrar o percurso feito por nós, a partir de fragmentos (detalhes) das fotografias tiradas e dos croquis realizados pelo grupo como registro das caminhadas, e têm como um dos resultados mais importantes a diferença de iluminação, texturas e uso dos espaços.
Foi gerado um grande debate acerca dos termos "representação" (falsa ideia de representar a mesma coisa) e "tradução" (sabe-se que há uma interpretação necessária) dos espaços que percorremos, bem como o meio utilizado para representar as ambiências - estritamente visual, apesar de querermos, com as imagens, passar as ideias de odores, tato, etc. Com as cartografia.
(clique aqui para ter acesso ao slideshow da apresentação)
(clique aqui para ter acesso ao slideshow da apresentação)
Síntese Grupo 2: Cartografia Barra Noite
Síntese Grupo 2: Cartografia Barra Dia
Síntese Grupo 2: Cartografia Piedade Dia
Síntese Grupo 3: (João Pena, Anderson Silva, Eduardo Carvalho, Lindomberto Ferreira, Laila Bouças)
Sem necessariamente fazer a distinção entre as temporalidades "noite" e "dia", a equipe tratou de transcrever em algumas palavras-chave as suas experiências. No Porto da Barra, chegaram a duas palavras-chave: sinestesia (o lugar aflora os sentidos, há a contemplação da paisagem) e hospitalidade (há a sensação de bem-estar no local e a relação entre as pessoas).
Na Piedade, a palavra escolhida foi "transição", onde a Praça seria a transição de fluxos, do frenetico ao mais lento: o centro da Praça é mais lento, mais sereno, enquanto suas bordas são uma especie de faixa de transição entre essa "lentidão" e a movimentação acelerada das Av. Sete e Joana Angélica, especialmente com a presença de bancos em todo o seu perímetro. Além dessas características, a Praça recebe também certa pressão pacificadora, cuja presença da grade é bastante representativa de resistência a esse processo (uma vez implantada, a grade cria a apropriação de marginalização).
Na Piedade, a palavra escolhida foi "transição", onde a Praça seria a transição de fluxos, do frenetico ao mais lento: o centro da Praça é mais lento, mais sereno, enquanto suas bordas são uma especie de faixa de transição entre essa "lentidão" e a movimentação acelerada das Av. Sete e Joana Angélica, especialmente com a presença de bancos em todo o seu perímetro. Além dessas características, a Praça recebe também certa pressão pacificadora, cuja presença da grade é bastante representativa de resistência a esse processo (uma vez implantada, a grade cria a apropriação de marginalização).
Síntese Grupo 4 (Rachel Thomas, Gabriel Bérubé, Stéphane, Suzel Balez, Maria Isabel, Menezes)
A apresentação da equipe francesa se deu pelo blog desenvolvido para as experiências do workshop - a fala da equipe foi muito mais no sentido de concluir as atividades do que sintetizar suas experiências nos percursos. Segundo a equipe, os textos e as imagens postadas no blog dariam uma ideia de ambiência dos locais estudados, a serem complementados posteriormente com outros meios de mostrar as experiências - o que tornaria possível ilustrá-las de fato. Seguiu-se um debate sobre a realidade/ficção de uma imagem e a construção de uma noção de experiência não vivida pessoalmente (havia, durante a semana, uma integrante do laboratório CRESSON fazendo comentários e observações no blog acima citado).
A equipe falou sobre os protocolos metodológicos da pesquisa e a quebra (justificada) de um quesito: inicialmente, os integrantes da equipe francesa deveriam estar divididos nas equipes do workshop; optous-se o contrário por questões de tradução das conversas, visto que talvez nem sempre fosse possível contar com um integrante-tradutor nas equipes.
Como sugestão para perspectivas futuras da pesquisa MUSE, ficou, entre outras, a ideia de testar, num segundo momento, as entrevistas com um número reduzido de integrantes (entrevistador+entrevistado), para evitar o desvio de percurso dos interlocutores, bem como não concentrar as entrevistas num único dia. Foi sugerido à equipe francesa que, antes de finalizaram as análises do workshop, que nos mostrasse o material colhido durante a semana para que possamos contribuir de alguma maneira nas conclusões das atividades.
***
Gostaria de chamar a atenção para o fato de termos tido, durante toda a semana, a ajuda importante de tradução dos alunos de atelier Mélanie e Vinícius, além de Maria Isabel (CRESSON) e dos professores Paola e Eduardo. E também gostaria de ressaltar que o workshop foi também uma atividade de extensão acadêmica, contando com certificados de participação para os alunos previamente inscritos na atividade.