domingo, 10 de julho de 2011

WORKSHOP: DIA 5

[WORKSHOP - DIA 5: 08 de julho/2011, sexta-feira]
Manhã 
Trabalho interno grupos (síntese e análise inicial das experiências Piedade para apresentação na 6a feira a tarde)
15hs - PPG-AU/FAUFBA 
Encontro final das equipes, conclusão dos trabalhos do workshop, síntese da semana, perspectivas da pesquisa, debates

Como na manhã de quarta-feira, a primeira parte do dia foi reservada para que os grupos se reunissem para trabalhar internamente. Desta vez, o objetivo foi alinalisar e sintetizar inicialmente as experiências dos percursos noturno e diurno na Piedade. Juntamente com a síntese iniciada na quarta-feira, essa síntese seria apresentada na parte da tarde, durante a conversa de encerramento das atividades do workshop.

Pela tarde, as quatro equipes apresentaram, cada uma a sua vez, suas respectivas sínteses. Relatarei as sínteses pela ordem em que se deram as apresentações, começando pelo grupo 1 (de Paola), passando pelos grupos 2 (Osnildo) e grupo 3 (João), e terminando com a conclusão feita pelo grupo 4 (equipe francesa, de Rachel).
(Por questões de organização interna, tínhamos nos dividido todos os partcipantes do workshop em quatro equipes para o desenvolvimento dos trabalhos, tendo como "representantes" das equipes brasileiras a prof. Paola, eu e João - tirocinantes da disciplina Atelier 5)

Encontro final das equipes, conclusão dos trabalhos do workshop, síntese da semana, perspectivas da pesquisa MUSE, debates

Síntese Grupo 1 (Paola Berenstein, Amine Portugal, Diego Mauro, Fabiana Britto, Marina Barreto, Marina Moreira, Victor Teles)

No Porto da Barra, a equipe percebeu, tanto durante o dia como pela noite, grandes faixas de ambiências, que se expandem e contaminam as demais: faixas predominantes, outras de transição e também faixas "ressoantes". Todas elas se referem a comportamentos e não a usos do espaço. Durante o dia, a ambiência da praia se expanderia tanto para a calçada oposta à via como para a praça do Patriarca como faixas de transição. De noite, essas faixas de transição seriam as próprias ambiências das faixas predominantes.

Já a Piedade permitiria um "andar em espiral" pela área, criando o que o grupo chamou de "zonas de atração" distintas: à noite, há a presença de zonas de atração ligadas à permanência nos espaços; durante o dia, com as pessoas espalhadas pelo espaço e os seus movimentos, há trechos de atração ligados ao uso.

(clique aqui para ter acesso à apresentação em formato pdf)

Síntese Grupo 1: Porto da Barra

 Síntese Grupo 1: Piedade Noite

 Síntese Grupo 1: Piedade Dia


Síntese Grupo 2 (Osnildo Wan-Dall Jr., Daniel Sabóia, Flavio Marzadro, Mélanie Métier, Patrícia Almeida, Priscila Lolata, Tiago Schultz)

O nosso grupo representou cada um dos percursos com uma cartografia que pudesse mostrar, como sentimos as diversas ambiências dos espaços (não era a nossa intenção mostrar apenas os usos dos espaços). O "desenho" das cartografias tentam demonstrar o percurso feito por nós, a partir de fragmentos (detalhes) das fotografias tiradas e dos croquis realizados pelo grupo como registro das caminhadas, e têm como um dos resultados mais importantes a diferença de iluminação, texturas e uso dos espaços.

Foi gerado um grande debate acerca dos termos "representação" (falsa ideia de representar a mesma coisa) e "tradução" (sabe-se que há uma interpretação necessária) dos espaços que percorremos, bem como o meio utilizado para representar as ambiências - estritamente visual, apesar de querermos, com as imagens, passar as ideias de odores, tato, etc. Com as cartografia.

(clique aqui para ter acesso ao slideshow da apresentação)

 
Síntese Grupo 2: Cartografia Barra Noite

 
Síntese Grupo 2: Cartografia Barra Dia
 
 
Síntese Grupo 2: Cartografia Piedade Noite

 Síntese Grupo 2: Cartografia Piedade Dia


Síntese Grupo 3: (João Pena, Anderson Silva, Eduardo Carvalho, Lindomberto Ferreira, Laila Bouças)

Sem necessariamente fazer a distinção entre as temporalidades "noite" e "dia", a equipe tratou de transcrever em algumas palavras-chave as suas experiências. No Porto da Barra, chegaram a duas palavras-chave: sinestesia (o lugar aflora os sentidos, há a contemplação da paisagem) e hospitalidade (há a sensação de bem-estar no local e a relação entre as pessoas).

Na Piedade, a palavra escolhida foi "transição", onde a Praça seria a transição de fluxos, do frenetico ao mais lento: o centro da Praça é mais lento, mais sereno, enquanto suas bordas são uma especie de faixa de transição entre essa "lentidão" e a movimentação acelerada das Av. Sete e Joana Angélica, especialmente com a presença de bancos em todo o seu perímetro. Além dessas características, a Praça recebe também certa pressão pacificadora, cuja presença da grade é bastante representativa de resistência a esse processo (uma vez implantada, a grade cria a apropriação de marginalização). 


Síntese Grupo 4 (Rachel Thomas, Gabriel Bérubé, Stéphane, Suzel Balez, Maria Isabel, Menezes)

A apresentação da equipe francesa se deu pelo blog desenvolvido para as experiências do workshop - a fala da equipe foi muito mais no sentido de concluir as atividades do que sintetizar suas experiências nos percursos. Segundo a equipe, os textos e as imagens postadas no blog dariam  uma ideia de ambiência dos locais estudados, a serem complementados posteriormente com outros meios de mostrar as experiências - o que tornaria possível ilustrá-las de fato. Seguiu-se um debate sobre a realidade/ficção de uma imagem e a construção de uma noção de experiência não vivida pessoalmente (havia, durante a semana, uma integrante do laboratório CRESSON fazendo comentários e observações no blog acima citado).

A equipe falou sobre os protocolos metodológicos da pesquisa e a quebra (justificada) de um quesito: inicialmente, os integrantes da equipe francesa deveriam estar divididos nas equipes do workshop; optous-se o contrário por questões de tradução das conversas, visto que talvez nem sempre fosse possível contar com um integrante-tradutor nas equipes.

Como sugestão para perspectivas futuras da pesquisa MUSE, ficou, entre outras, a ideia de testar, num segundo momento, as entrevistas com um número reduzido de integrantes (entrevistador+entrevistado), para evitar o desvio de percurso dos interlocutores, bem como não concentrar as entrevistas num único dia. Foi sugerido à equipe francesa que, antes de finalizaram as análises do workshop, que nos mostrasse o material colhido durante a semana para que possamos contribuir de alguma maneira nas conclusões das atividades.

***

Gostaria de chamar a atenção para o fato de termos tido, durante toda a semana, a ajuda importante de tradução dos alunos de atelier Mélanie e Vinícius, além de Maria Isabel (CRESSON) e dos professores Paola e Eduardo. E também gostaria de ressaltar que o workshop foi também uma atividade de extensão acadêmica, contando com certificados de participação para os alunos previamente inscritos na atividade.

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