domingo, 10 de julho de 2011

WORKSHOP: DIA 5

[WORKSHOP - DIA 5: 08 de julho/2011, sexta-feira]
Manhã 
Trabalho interno grupos (síntese e análise inicial das experiências Piedade para apresentação na 6a feira a tarde)
15hs - PPG-AU/FAUFBA 
Encontro final das equipes, conclusão dos trabalhos do workshop, síntese da semana, perspectivas da pesquisa, debates

Como na manhã de quarta-feira, a primeira parte do dia foi reservada para que os grupos se reunissem para trabalhar internamente. Desta vez, o objetivo foi alinalisar e sintetizar inicialmente as experiências dos percursos noturno e diurno na Piedade. Juntamente com a síntese iniciada na quarta-feira, essa síntese seria apresentada na parte da tarde, durante a conversa de encerramento das atividades do workshop.

Pela tarde, as quatro equipes apresentaram, cada uma a sua vez, suas respectivas sínteses. Relatarei as sínteses pela ordem em que se deram as apresentações, começando pelo grupo 1 (de Paola), passando pelos grupos 2 (Osnildo) e grupo 3 (João), e terminando com a conclusão feita pelo grupo 4 (equipe francesa, de Rachel).
(Por questões de organização interna, tínhamos nos dividido todos os partcipantes do workshop em quatro equipes para o desenvolvimento dos trabalhos, tendo como "representantes" das equipes brasileiras a prof. Paola, eu e João - tirocinantes da disciplina Atelier 5)

Encontro final das equipes, conclusão dos trabalhos do workshop, síntese da semana, perspectivas da pesquisa MUSE, debates

Síntese Grupo 1 (Paola Berenstein, Amine Portugal, Diego Mauro, Fabiana Britto, Marina Barreto, Marina Moreira, Victor Teles)

No Porto da Barra, a equipe percebeu, tanto durante o dia como pela noite, grandes faixas de ambiências, que se expandem e contaminam as demais: faixas predominantes, outras de transição e também faixas "ressoantes". Todas elas se referem a comportamentos e não a usos do espaço. Durante o dia, a ambiência da praia se expanderia tanto para a calçada oposta à via como para a praça do Patriarca como faixas de transição. De noite, essas faixas de transição seriam as próprias ambiências das faixas predominantes.

Já a Piedade permitiria um "andar em espiral" pela área, criando o que o grupo chamou de "zonas de atração" distintas: à noite, há a presença de zonas de atração ligadas à permanência nos espaços; durante o dia, com as pessoas espalhadas pelo espaço e os seus movimentos, há trechos de atração ligados ao uso.

(clique aqui para ter acesso à apresentação em formato pdf)

Síntese Grupo 1: Porto da Barra

 Síntese Grupo 1: Piedade Noite

 Síntese Grupo 1: Piedade Dia


Síntese Grupo 2 (Osnildo Wan-Dall Jr., Daniel Sabóia, Flavio Marzadro, Mélanie Métier, Patrícia Almeida, Priscila Lolata, Tiago Schultz)

O nosso grupo representou cada um dos percursos com uma cartografia que pudesse mostrar, como sentimos as diversas ambiências dos espaços (não era a nossa intenção mostrar apenas os usos dos espaços). O "desenho" das cartografias tentam demonstrar o percurso feito por nós, a partir de fragmentos (detalhes) das fotografias tiradas e dos croquis realizados pelo grupo como registro das caminhadas, e têm como um dos resultados mais importantes a diferença de iluminação, texturas e uso dos espaços.

Foi gerado um grande debate acerca dos termos "representação" (falsa ideia de representar a mesma coisa) e "tradução" (sabe-se que há uma interpretação necessária) dos espaços que percorremos, bem como o meio utilizado para representar as ambiências - estritamente visual, apesar de querermos, com as imagens, passar as ideias de odores, tato, etc. Com as cartografia.

(clique aqui para ter acesso ao slideshow da apresentação)

 
Síntese Grupo 2: Cartografia Barra Noite

 
Síntese Grupo 2: Cartografia Barra Dia
 
 
Síntese Grupo 2: Cartografia Piedade Noite

 Síntese Grupo 2: Cartografia Piedade Dia


Síntese Grupo 3: (João Pena, Anderson Silva, Eduardo Carvalho, Lindomberto Ferreira, Laila Bouças)

Sem necessariamente fazer a distinção entre as temporalidades "noite" e "dia", a equipe tratou de transcrever em algumas palavras-chave as suas experiências. No Porto da Barra, chegaram a duas palavras-chave: sinestesia (o lugar aflora os sentidos, há a contemplação da paisagem) e hospitalidade (há a sensação de bem-estar no local e a relação entre as pessoas).

Na Piedade, a palavra escolhida foi "transição", onde a Praça seria a transição de fluxos, do frenetico ao mais lento: o centro da Praça é mais lento, mais sereno, enquanto suas bordas são uma especie de faixa de transição entre essa "lentidão" e a movimentação acelerada das Av. Sete e Joana Angélica, especialmente com a presença de bancos em todo o seu perímetro. Além dessas características, a Praça recebe também certa pressão pacificadora, cuja presença da grade é bastante representativa de resistência a esse processo (uma vez implantada, a grade cria a apropriação de marginalização). 


Síntese Grupo 4 (Rachel Thomas, Gabriel Bérubé, Stéphane, Suzel Balez, Maria Isabel, Menezes)

A apresentação da equipe francesa se deu pelo blog desenvolvido para as experiências do workshop - a fala da equipe foi muito mais no sentido de concluir as atividades do que sintetizar suas experiências nos percursos. Segundo a equipe, os textos e as imagens postadas no blog dariam  uma ideia de ambiência dos locais estudados, a serem complementados posteriormente com outros meios de mostrar as experiências - o que tornaria possível ilustrá-las de fato. Seguiu-se um debate sobre a realidade/ficção de uma imagem e a construção de uma noção de experiência não vivida pessoalmente (havia, durante a semana, uma integrante do laboratório CRESSON fazendo comentários e observações no blog acima citado).

A equipe falou sobre os protocolos metodológicos da pesquisa e a quebra (justificada) de um quesito: inicialmente, os integrantes da equipe francesa deveriam estar divididos nas equipes do workshop; optous-se o contrário por questões de tradução das conversas, visto que talvez nem sempre fosse possível contar com um integrante-tradutor nas equipes.

Como sugestão para perspectivas futuras da pesquisa MUSE, ficou, entre outras, a ideia de testar, num segundo momento, as entrevistas com um número reduzido de integrantes (entrevistador+entrevistado), para evitar o desvio de percurso dos interlocutores, bem como não concentrar as entrevistas num único dia. Foi sugerido à equipe francesa que, antes de finalizaram as análises do workshop, que nos mostrasse o material colhido durante a semana para que possamos contribuir de alguma maneira nas conclusões das atividades.

***

Gostaria de chamar a atenção para o fato de termos tido, durante toda a semana, a ajuda importante de tradução dos alunos de atelier Mélanie e Vinícius, além de Maria Isabel (CRESSON) e dos professores Paola e Eduardo. E também gostaria de ressaltar que o workshop foi também uma atividade de extensão acadêmica, contando com certificados de participação para os alunos previamente inscritos na atividade.

sábado, 9 de julho de 2011

WORKSHOP: DIA 4 + AULA 33 ATELIER

[WORKSHOP - DIA 4: 07 de julho/2011, quinta-feira] 
9hs Encontro em frente ao Gabinete Português de Leitura
Experiência diurna coletiva Piedade (45 mins)
10.30hs - PPG-AU/FAUFBA
Sessão coletiva de retato e debate sobre a experiência na Piedade
15hs 
Breves percursos com alguns dos intelocutores escolhidos pelos grupos do Atelier 5 
17.30hs - Atelier 5/FAUFBA 
Sessão coletiva de retorno, relato e debate sobre os percursos realizados

Nos encontramos logo cedo no mesmo local do percurso anterior, em frente ao Gabinete Português de Leitura. Era a vez do percurso diurno na Piedade. Agrupados, tivemos mais ou menos o mesmo tempo de 30 minutos para experimentar e sentir as diferentes ambiências do local, em meio à "muvuca" característica desse trecho da Av. Sete. As equipes puderam explorar, contudo, também as adjacências da Praça da Piedade, registrando o que encontravam pelo percurso. Em seguida, nos reunimos novamente em uma das salas do PPGAU (FAUFBA) para os relatos das impressões - que seriam sintetizadas para apresentação no último dia de atividaes.

 Experiência diurna coletiva na Piedade e sessão coletiva de relatos e debate sobre a experiência
 
[ATELIER - AULA 33]

A atividade do workshop na parte da tarde foi novamente vinculada à aula de atelier. Dessa vez, o objeto era que os alunos (e mais alguns participantes do workshop, que se "agruparam" para poder participar da experiência), divididos nos mesmos grupos das oficinais e cartografias de atelier 5, fossem a campo, retomando a experiência de percepção do espaço com a mediação dos interlocutores. Foi quase impossível entrar em contato com os mesmos interlocutores da segunda etapa das cartografias*, por isso a maioria dos entrevistados - se não todos - foram abordados no momento dos percursos. De um modo geral, os interlocutores foram bastantes solícitos, e as entrevistas tiveram durações em torno de 2min, 5min e até 10min. Antes da apresentação dos relatos, contudo, as equipes se reuniram no próprio atelier para sistematizar algumas tópicos levantados pela equipe francesa: 1. Qual o contexto das experiências/entrevistas?, 2. Três temas maiores. e 3. Uma anedota curta.

 Breves percursos com alguns dos intelocutores escolhidos pelo grupo do quadrado 3 (Atelier 5)

Participei do grupo responsável pelo quadrado 3; e acho interessante relatar brevemente a apresentação da nossa experiência. Diria que o contexto foi amigável, pois a maioria das pessoas abordadas cooperou, ou seja, concordou ser entrevistada e concordou que gravássemos suas falas. Ao mesmo tempo que acompanhávamos seus passos e ritmos, talvez a quantidade de integrantes do grupo - que esteve junto em todos os momentos - tenha intimidado de certa forma alguns dos interlocutores em determinados momentos, talvez até fazendo com que desviassem de seus percursos. Notamos que na região da Piedade um dos lugares-ímãs, de "foco" ou pólo de atração fosse o Shopping Center Piedade. Questionados sobre a presença e permanêcia de comerciantes ambulantes na área, os interlocutores verbalizaram que, apesar de que aqueles "atrapalham", de certo modo, a circulação, esses realizavam e compreendiam, por outro lado, a sua posição e necessidade de trabalho.

Sessão coletiva de retorno, relato e debate sobre os percursos realizados


Seria interessante que os alunos que lerem esse post - especialmente os integrantes dos demquas quadrados (1, 2 e 4) - fizessem comentários e reforçassem suas experiências no percurso, transcrevendo para cá o que sintetizaram na apresentação em sala de aula, e enviando também fotos para ser postadas aqui no blog.

*Atividade de atelier - para conferir o processo realizado anteriormente em atelier ver AULA 21, AULA 24, e as próprias cartografias 2: apreensão moradores/interlocutores.

WORKSHOP: DIA 3

[WORKSHOP - DIA 3: 06 de julho/2011, quarta-feira]
Manhã 
Trabalho interno grupos (síntese e análise inicial das experiências Porto da Barra para apresentação na 6a feira a tarde) 
19hs 
Encontro em frente ao Gabinete Português de Leitura
Experiência noturna coletiva Piedade (45 minutos) imediatamente depois, relato da experiência (no próprio local)

A primeira parte do dia foi reservada para que os grupos se reunissem para trabalhar internamente. O objetivo foi alinalisar e sintetizar inicialmente as experiências dos percursos noturno e diurno no Porto da Barra. A apresentação seria dois dias depois, justamente durante o encontro final das equipes para a conclusão das atividades da semana.

Depois da tarde livre de atividades, nos encontramos às 19h em frente ao Gabinete Português de Leitura para darmos início aos percursos no segundo ponto de interesse do workshop: a Piedade. Neste primeiro percurso, noturno, as equipes tiveram em torno de 30 a 40 minutos para sentire as diferentes ambiências do local, registrando-as. Em seguida, nos reunimos em um dos bares do Largo 2 de Julho para os relatos de cada equipe. Diferentemente dos dois percursos anteriores, e por questões técnicas e de muito barulho no local, foi proposto que cada equipe fosse representada por um integrante e relatasse as impressões coletivas à equipe francesa.

Experiência noturna coletiva na Piedade

  Sessão coletiva de relatos e debate sobre a experiência no Largo 2 de Julho: nas quatro imagens, as equipes do percurso noturno na Piedade

quinta-feira, 7 de julho de 2011

WORKSHOP: DIA 2 + AULA 32 ATELIER

[WORKSHOP - DIA 2: 05 de julho/2011, terça-feira]
9hs - Encontro na frente da Praia dos livros (sebo) 
Experiência diurna coletiva Porto da Barra (45 mins)
10.30hs - PPG-AU/FAUFBA 
Sessão coletiva de, retato e debate sobre a experiência no Porto da Barra
15hs - Atelier 5/FAUFBA 
Apresentação pelos grupos do Atelier 5 do trabalho realizado neste semestre na Avenida 7, análises,  sínteses, todas as cartografias, videos e interlocutores escolhidos

Nesta manhã nos encontramos no Porto da Barra para o percurso diurno. As quatro equipes tiveram cerca de 30 minutos para sentir as diferentes ambiências do local, agora sob a luz do dia e todas as implicações que a manhã traz. Em seguida, nos reunimos todos numa das salas do PPGAU (FAUFBA) para os relatos das impressões. Assim como aconteceu com o post de ontem - e como acontecerá com os posts seguintes sobre os percursos noturno e diurno na Piedade -, não me deterei a relatar sobre as sínteses feitas imediatamente após os percursos. Deixarei isso para o relato da apresentação das equipes/síntese final dos percursos, que acontecerá na sexta-feira 08 de julho (último dia de workshop), onde serão cruzadas as impressões dos dois locais (Porto da Barra e Piedade) nas temporalidades noite e dia.

Experiência diurna coletiva no Porto da Barra e sessão coletiva de relatos e debate sobre a experiência

[ATELIER - AULA 32]

Na parte da tarde, a atividade do workshop foi vinculada à aula de atelier. Os alunos da disciplina apresentaram todas as 20 cartografias, produzidas ao longo do semestre em três etapas: apreensão dos grupos (Mistura, Inóspito, Muvuca e Vazio - nas temporalidades dia e noite - indicadores das equipes responsáveis pelos quadrados 1, 2, 3 e 4, resprespectivamente); apreensão dos moradores (Segurança, Vizinhança, Afeto e Respeito - indicadores dos quadrados 1 a 4, respectivamente); e cartografias tradicionais (Pontos Turísticos e Policiais e Transporte (quadrado 1), Renda e Topografia (quadrado 2), Densidade e Espaços Públicos (quadrado 3) e Instituições e Uso (quadrado 4)).

 Indicadores das cartografias e suas respectivas definições, plotadas em tamanho A1 para melhor compreensão das cartografias durante a apresentação

Foram explicados a metodologia de aplicação dos indicadores e as conclusões prévias tiradas a partir dos cruzamentos verticais e horizontais das cartografias.

 Apresentação das cartografias pelos alunos de Atelier 5 na semana de workshop com a equipe francesa

Em seguida, os alunos apresentaram, em grupos, a síntese da análise das cartografias em relação aos trabalhos produzidos anteriormente, especialmente nas oficinais 3, 4 e 5. Com conclusões bastante interessantes a respeito do trabalho desenvolvido ao longo do semestre, os alunos demonstraram muita competência e, sobretudo, envolvimento com a disciplina - e receberam, em seguida, um e-mail de PARABÉNS da prof. Paola, que lhes disse terem impressionado muito a equipe francesa e demais convidados.

Apresentação das sínteses das atividades do semestre (cartografias + oficinas) pelos alunos de Atelier 5 na semana de workshop com a equipe francesa

quarta-feira, 6 de julho de 2011

WORKSHOP: DIA 1


[WORKSHOP - DIA 1: 04 de julho/2011, segunda-feira]
9hs - Encontro em frente ao Gabinete Português de Leitura
Percurso a pé pela Avenida 7 da Piedade até o Porto da Barra (passando pelo Campo Grande)
15hs - PPG-AU/ FAUFBA
Apresentação pela equipe francesa da pesquisa anterior PIRVE e da pesquisa atual MUSE. Apresentação da metodologia da pesquisa e do workshop
19hs - Encontro na frente da Praia dos livros (sebo) 
Experiência noturna coletiva Porto da Barra (45 minutos) imediatamente depois, relato da experiência (no próprio local)


Caros todos,

na segunda-feira teve início do workshop realizado pelo Laboratório CR CRESSON CNRS - França em parceria com o Laboratório Urbano (PPG-AU/UFBA). Nos encontramos logo pela manhã em frente ao Gabinete Português de Leitura, e a primeira atividade do dia foi um percurso pela Avenida Sete de Setembro - com início na Praça da Piedade e término no Porto da Barra. A equipe francesa nos surpreendeu com a proposta de, em duplas, fazermos um passeio guiado: um integrante usaria uma venda nos olhos e o outro seria o seu guia. O interessante da proposta era justamente aguçar outros sentidos que não a visão. Nos atentaríamos mais ao teto, conflitos corporais, odores, tato (especialmente nos pés). Fizemos uma parada no Campo Grande, onde, brevemente, relatamos em grupo as experiências - especialmente sobre aquelas de quem estava vendado. Foi então que as duplas trocaram de papel e o percurso seguiu até o Porto da Barra, passando pelo (corredor da) Vitória e Ladeira da Barra. Lá nos reunimos mais uma vez para a segunda parte dos relatos.

Percurso a pé pela Avenida 7 da Piedade até o Porto da Barra (passando pelo Campo Grande)
(As quatro fotos de baixo foram extraídas do blog http://affadisation.wordpress.com)
 
Na parte da tarde, nos reunimos no PPGAU/FAUFBA para a apresentação feita pela equipe francesa das metodologias das pesquisas PIRVE E MUSE. A primeira, já concluída, tratou da questão do pedestre em relação em espaço urbano e a asseptização dos espaços, tendo como campo três cidades (francesa, brasileira e canadense). A segunda, em desenvolvimento, é uma parceria entre laboratórios de vários países, e buscará compreender quais as formas de vida e moblidade na cidade pacificada. Esta dividida, portanto, em trabalho de campo (2011), seminários (2012), exposição (2013) e colóquio (2014). É nesta pequisa que se insere o workshop em andamento esta semana como ferramenta de percepção do espaço urbano, cuja metodologia de pesquisa o divide em duas fases: 1) fazer corpo (caminhadas urbanas coletivas), ganhar corpo (compartilhar em grupo as experiências) e dar corpo (registro e recolha de desenhos e objetos colhidos em campo); 2) fazer corpo (caminhadas informadas - com interlocutores), ganhar corpo (análise das entrevistas, feitas pela equipe francesa) e dar corpo (continuação do blog desenolvido pela equipe francesa - base para exposição em 2013).

Apresentação pela equipe francesa da pesquisa anterior PIRVE e da pesquisa atual MUSE. Apresentação da metodologia da pesquisa e do workshop
 
A última atividade do dia foi o primeiro percurso (noturno) da primeira das duas áreas da Av. Sete a serem estudadas: o Porto da Barra. Em quatro equipes, tivemos cerca de 30 minutos para sentir as diferentes ambiências do local, registrando-as como melhor convinha. Em seguida, nos reunimos todos na balaustrada do Porto para os relatos de cada equipe.

Experiência noturna coletiva Porto da Barra (45 minutos) imediatamente depois, relato da experiência (no próprio local)
(As duas primeiras fotos de cima foram extraídas do blog http://affadisation.wordpress.com)

 Conforme postado aqui anteriormente, a equipe francesa gerou um blog onde tem colocado relatos, imagens e vídeos das atividades (em francês). Para contribuir na (com)partilha do que vem acontecendo nas atividades, serão colacados relatos e também algumas imagens-síntese aqui no blog. Vale lembrar que o cronograma do workshop, postado anteriormente, sofreu alterações na segunda-feira de noite, mas já está atualizado.

domingo, 3 de julho de 2011

CRONOGRAMA WORKSHOP

Caros,

terá início amanhã o workshop com a equipe francesa. A atividade é parte da pequisa "MUSE: Os enígmas sensíveis das mobilidades urbanas contemporâneas", do programa "Espaço e Território" (edição 2010), sob coordenação de Rachel Thomas (Laboratório CR CRESSON CNRS - França), em parceria com o Laboratório Urbano (PPG-AU/UFBA). Segue link para o download do Cronograma Final (atualizado!) do workshop. A equipe francesa criou um blog para acompanhamento e divulgação da ativdade.

Até lá!
Osnildo

AULA 31: SEMINÁRIO SÍNTESE CARTOGRAFIAS E OFICINAS

[AULA 31: 30 de junho/2011, terça-feira]
primeira parte: reunião de grupos
segunda parte: Seminário Apresentação Sínteses Cartografias e Oficinas

Neste seminário, cada grupo apresentou suas sínteses com relação às cartografias desenvolvidas, cruzando-as com as experiências obtidas nas oficinas desenvolvidas no início do semestre. As sínteses tiveram como base análises e conclusões resultantes dos cruzamentos verticais e horizontais de informação, ou seja, foram cruzadas as informações pertinentes ao quadrado de cada grupo e a sua relação com toda a Av. Sete. Destas análises, surgiram novas idéias de cartografias. Das sínteses que priorizaram o cruzamento vertical (grupos 1 e 3), extraíram-se argumentos em debate para a ilustração e composição das informações não mostradas/análisadas em novas imagens-síntese.


Em breve, todas as apresentações estarão disponibilizados aqui para download.
A apresentação do Grupo 3 acompanha os três vídeos apresentados pela equipe anteriormente nas oficinas: Acrílico, Terceira Margem e Audiovídeo.

 
Seminário de apresentação das sínteses das cartografias e oficinas

Grupo 1: algumas palavras-síntese da primeira oficina, "Derivas", seguiram o grupo na percepção do seu quadrado (Barra). Houve, contudo, forte análise da distinção de duas grandes áreas: a separação dos pontos turísticos locais (espaços de uso público) e das áreas residenciais (espaços de uso privado). Essa característica é confirmada com os vídeos desenvolvidos nas oficinas 4 e 5. Como conlusão, surge a palavra fronteira. Aonde estaria, portanto, os limites? Como o grupo apresentou apenas as "fronteiras" do seu quadrado, ficou como pendência completar toda a cartografia, incluindo a mesma análise nos demais quadrados faltantes - delimitando, inclusive, a localização da Av. Sete.

Cartografia-sintese Grupo 1: Fronteiras

Grupo 2: as palavras que o grupo trouxe para as atividades das cartografias estavam presentes no seu quadrado desde as oficinais 3, 4 e 5, especialmente sobre os sons dos espaços e as memórias coletivas. A síntese feita pelo grupo destacou, a partir da sobreposição das cartografias, a evidência de palavras resultantes das oficinais em determinados trechos da Av. Sete. Destacou-se também, por conseqüência, três trechos (espaços configurados) da Av. Sete onde havia maior predominância da sobreposição das cartografias (não foram incluídas na sobreposição as cartografias tradicionais), os quais eram segmentados por dois grandes hiatos: ladeira da barra e Forte São Pedro. Esses hiatos, apresentados e evidenciados, foram encarados como Limites e Desvios do percurso da Av. Sete, e buscou-se na exposição/debate chegar a conclusões sobre os possíveis motivos que geram esses hiatos, como o caráter físico que apresentam.

 Cartografia-sintese Grupo 2: Hiatos e Desvios

Grupo 3: o indicador Muvuca sempre esteve presente na análise do quadrado 3, na sensação de movimento e ruído gerada pela área. Por outro lado, a relação do transporte e uso continua a ser evidente, desde o seminário anterior, problematizando agora a diferente de escalas entre os uso feito por pedestres e os automóveis. Levantou-se, portanto, a questão do conflito de escalas e/ou outras variantes presentens na área, sendo que a apropriação da rua, feita pelas pessoas, é que determina o estado de muvuca.

Cartografia-sintese Grupo 2: Apropriação

Grupo 4: o indicador de uso misto figura praticamente em todos os quatro quadrados. A análise de partilha e conflito no espaço público identificou intensa multiplicidade de corporalidades e ambiências na Av. Sete. A síntese dessa nova cartografia proposta, "Ambiência do Misto", é que a extensão do que é pupularmente conhecido como Av. Sete, seria caracterizada então uma ambiência do misto, uma vez que é dotada de grande potencial comercial, o que difere da análise cartográfica tradicional de uso do solo.

 Cartografia-sintese Grupo 4: Ambiência do Misto

AULAS 29 e 30

[AULA 29: 23 de junho/2011, quinta-feira]
Feriado Corpus Christi

[AULA 30: 28 de junho/2011, terça-feira]
Primeira parte: "Quando a rua vira casa" - filme/discussão
Segunda parte: Reunião de grupos

Na primeira parte da aula foi exibido o filme "Quando a rua vira casa", de autoria do "antropoteto" Carlos Nelson dos Santos e do artropólogo Arno Vogel. Após a exibição do filme, houve um debate acerca do filme e do livro homônimo que gerou a etnografia filmográfica do bairro do Catumbi, no Rio de Janeiro. Após o debate, os alunos foram dispensados para reunirem-se em grupos para o apresentação do seminário da aula seguinte. Neste momento boa parte dos alunos assistiu à palestra "Quae sera tamem", proferida pelo Prof. Dr. Fernando Lara (Universidade do Texas - Austin).

ATENÇÃO ALUNOS!!!
Conforme combinado, a entrega da resenha do livro "Quando a rua vira casa" será dia 12 de julho.